segunda-feira, 20 de abril de 2009

Secretário estadual de Planejamento diz como governo vai ajudar municípios

O governo do Estado vai ajudar os municípios com obras e não através de compensação financeira por perda de arrecadação, como fez o governo federal. A informação é do secretário estadual de Planejamento, Nelson Tavares, que no sábado pela manhã participou de uma reunião convocada pela Prefeitura de Parnamirim para discutir alternativas à perda de arrecadação, em função da crise econômica.

“Temos de aproveitar a crise para trabalhar ainda mais, para ampliar os investimentos. Nesse sentido, o governo Wilma está entrando com uma carta-consulta no BNDES (Banco de Desenvolvimento Econômico e Social) para pedir empréstimo destinado às obras de acesso ao aeroporto de São Gonçalo do Amarante, de barragens e de saneamento básico”, adiantou o secretário.

Numa entrevista logo após a reunião, Tavares rebateu as críticas de que o governo do Estado destina poucos recursos, cerca de 5% da arrecadação, para investimentos. “Você sabe que é muito mais que o governo federal? O governo federal investe apenas 1% do que arrecada. No nosso caso, é um esforço grande que o governo Wilma faz para aplicar muito mais em investimento. Cinco por cento não é pouco não. Mas o bolo é limitado e temos de atender a outras demandas, como o custeio de Saúde, Educação e vários outros itens.”
Já o secretário de Desenvolvimento, Francisco Segundo de Paula, disse que o governo do Estado vai estender tapete vermelho para quem quiser vir investir na Grande Natal, mas terá nele um funcionário dedicado caso o interesse seja investir no interior.

Confira alguns trechos da entrevista de Nelson Tavares:

O governo do Estado pode conceder alguma coisa aos municípios em crise?Nelson Tavares: Não. O governo do Estado vai fazer obras. O governo do Estado está recebendo menos royalties e menos recursos do Fundo de Participação. O que podemos fazer é levar adiante a programação de investimentos. E investimento gera empregos, renda, impostos... Isso estamos dispostos firmemente a fazer. O governo não se encontra em condições financeiras de repassar para os municípios nada além do previsto na legislação.

A crise provocou queda de arrecadação do ICMS?Nelson Tavares: O ICMS não cresceu, mas também não caiu, o que é uma boa notícia.

O senhor tem só um ano e meio de gestão. Isso pode prejudicar seus planos?Nelson Tavares: O planejamento é feito para o futuro. Nesse um ano e meio se eu conseguir deixar planejado o que pretendemos, já me dou por satisfeito.

Foto: Assecom Parnamirim

Nenhum comentário:

Postar um comentário