Após sucessivas tentativas de obter do governo federal uma resposta rápida aos reclames dos 5.640 municípios brasileiros, o presidente da União Brasileira de Municípios (Ubam), Leonardo Santana, determinou o envio de fax para todos os prefeitos do Brasil, objetivando orientá-los a aderirem a um grande movimento contra a realização das eleições 2010, que vem esquentando cada vez mais os ânimos dos que querem chegar ao poder e dos que contam com a reeleição.
Para Leonardo, o que está acontecendo com os municípios é uma falta de sensibilidade e compromisso da equipe econômica do governo federal, em face da política tímida e mesquinha promovida por "quem não sabe o que significa federalismo".Segundo ele, desde o ano passado que o governo resolveu mexer nas contas dos municípios, com programas de redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), do Imposto de Renda (IR), os quais, uma vez diminuídos, causaram uma catástrofe financeira nas prefeituras."Os municípios estão falidos, sem condições de garantir a gestão plena da saúde, educação e bem-estar da população.
Mais de 70% das prefeituras está diminuindo o horário de funcionamento, ficando claro a redução no quadro de pessoal, o que será um verdadeiro caos social nas pequenas cidades.
Serão milhões de pais de família nas ruas, pois não se tem dinheiro para repassar sequer o duodécimo das Câmaras Municipais".Leonardo disse que a medida daqui pra frente será radical em relação aos objetivos eleitorais do presidente Lula, que este ano resolveu reunir os prefeitos em Brasília, no Encontro Nacional dos Prefeitos e Prefeitas, com o único objetivo de apresentar sua preferida candidata Dilma Rousseff."
Mais de 3 mil prefeitos estavam em Brasília, esperando uma solução para suas cidades e o que ouviram foi uma proposta esdrúxula do presidente Lula, como se fosse um presente, o escalonamento das dívidas dos municípios com o INSS, como se os prefeitos não soubessem que o INSS deve mais de 3 bilhões de reais aos municípios"."Ao contrário de quem não tem coragem, vamos incentivar os prefeitos e prefeitas a não votarem em ninguém nas próximas eleições, daí vamos ver como o governo vai ficar, pois é a única coisa com que ele se preocupa", disse o presidente da Ubam.
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